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    Nesses tempos hodiernos o amor vem ganhando diversas formas e contextos muitos diversos dos conhecidos pelos gregos. Não mais só se conhece o amor por uma perspectiva de família, amigos, irmãos ou entre casais, mas uma nova face vem ganhando destaque, qual seja, o amor a si próprio. Grande dúvida gera nesses últimos tempos se se possível falar em um amor de si próprio.

   Para poder falar do amor a si próprio devemos fazer uma breve análise sobre a legitimidade dos demais amores e assim analisar sua existência real. Vejamos.

       Quanto ao amor entre pai e filho não há dúvida que este exista e é bastante construtivo, pode com tranquilidade apontar como a seguinte fala: Olha como essa família se ama. É uma relação bastante comum na humanidade, se não fosse por essa dificilmente o gênero humano teria sobrevivido, pois não haveria uma mãe amorosa que sustentasse seu filho, nem um pai que protegesse seu filho dos perigos da floresta, em  uma ótica “selvagem”, ou dos perigos da civilização, em uma ótica moderna. Enfim, o amor entre pais é mais do que legitimo.

       Não, ipso facto, há dúvidas quando o amor entre amigos e irmãos, uma vez que é esse que faz o homem não morrer de tédio, atolado em seu próprio e monótomo jeito de viver. O amor entre irmãos é visto como uma relação de amigos onde um confia ao outros seus segredos de infância, suas paixões da adolescência e sua estratégias da vida de adulto. Nessa mesma lógica, o amor entre amigos é visto como uma relação de irmãos, visto que é no colo deste companheiro de todas as horas que o homem deposita seus anseios e suas lágrimas.

      Sem receio é aprovado o amor entre casais como algo mais legítimo que a sociedade possui. É por esse amor que a sociedade sobreviveu e sobrevive pelos séculos. É isso que faz o homem e a mulher não permanecer em um só, mas poder ser dois, três, quatro e o infinito que os abraça. Mas do que a reprodução, esse amor que torno possível o homem sair de sua vida solitária e abraçar uma vida a dois.

      Porém, como dito acima, grande dúvida surge se podemos considerar a existe de uma nova espécie de amor: o amor a si próprio. Não devemos tê-lo como verdadeiro se esse amor vive sozinho mergulhado em frente a um computador ou trancado em livros. O amor próprio só existe se é vivido para que os outros amores existam. Se amar é buscar obedecer as regras que amor impõe em suas diferentes facetas.

       Só há amor quando é compartilhado, mesmo sendo um amor a si próprio, pois amamo-nos quando nos amamos para amar os outros. Aquele que gosta de si ama os outros para não se ver destruído.

      Peçamos a Virgem Santíssima que nos ensine nos amar para podermos amor os nosso irmãos.

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